Acadêmicos | Patronos

Jorge Portugal

Jorge Portugal, escritor, poeta e compositor baiano, foi uma voz singular na cultura brasileira. Suas obras como “A Sagração da Guerra” e colaborações musicais, como “Aquele Abraço”, destacam-se pela sensibilidade social e pela valorização da cultura popular. Sua passagem deixou um legado de profundidade e engajamento cultural.

25

Patrono

5 de agosto de 1935

Santo Amaro da Purificação, Bahia

Brasil

3 de agosto de 2020

Salvador – BA

  • Obras
  • Jorge Portugal foi compositor de canções na companhia de outras pessoas, como o cantor e compositor Lazzo Matumbi, a cantora Margareth Menezes, o violonista Saulo Barbosa e o violonista e arranjador Roberto Mendes.[2]
  •  
  • 14 de Maio (com Lazzo Matumbi)
  • A Beira e o mar (com Roberto Mendes)
  • A massa (com Raimundo Sodré)
  • Alegria da Cidade (com Lazzo Matumbi)
  • Amor de matar (com Roberto Mendes)
  • Assim como ela é (com Roberto Mendes)
  • Baião pisado (com Raimundo Sodré e Roberto Mendes)
  • Brasileiro, profissão sonhar (com Roberto Mendes e Raimundo Sodré)
  • Caribe Calibre Amor (com Roberto Mendes)
  • Coió da Anália (com Raimundo Sodré)
  • Filosofia pura (com Roberto Mendes)
  • Menino triste (com Raimundo Sodré)
  • Resistência (com Raimundo Sodré)
  • Só Se Vê na Bahia (com Roberto Mendes)
  • Vá pra casa esse menino, viu? (com Raimundo Sodré)
  • Vida vã (com Roberto Mendes)
  • Vila do adeus (com Roberto Mendes)
  • Iluminada (com Roberto Mendes)

Biografia 

Antonio Jorge Portugal, mais conhecido como Jorge Portugal, foi um dos mais destacados escritores, poetas, compositores e educadores brasileiros contemporâneos, nascido em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 5 de agosto de 1956, e falecido em 3 de agosto de 2020. Sua trajetória multifacetada deixou uma marca indelével na literatura, na música e na educação do Brasil.

Desde cedo, Jorge Portugal demonstrou talento e paixão pela palavra escrita. Graduado em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestre em Literatura Brasileira, ele começou sua carreira literária com uma sensibilidade aguçada para as questões sociais e um compromisso profundo com a valorização da cultura popular baiana. Seu estilo literário mescla poesia e prosa de maneira única, utilizando uma linguagem coloquial que captura a essência da vida urbana e dos desafios enfrentados pelas camadas marginalizadas da sociedade.

Entre suas obras literárias mais emblemáticas estão “A Sagração da Guerra” (1980), “Hippie-Ba” (1982), “Carabeto” (1985), “O Caderno da Morte” (1992), “Salvador: Cantos e Encantos” (1996) e “O Poeta e a Cidade” (2000). Nessas obras, Jorge Portugal explorou temas como marginalização social, violência urbana e resistência cultural, sempre com um olhar crítico e poético sobre a realidade brasileira e baiana.

Como compositor, Jorge Portugal deixou sua marca na música popular brasileira ao colaborar com renomados artistas como Gilberto Gil, Daniela Mercury e Caetano Veloso. Suas letras, como em “Aquele Abraço”, “Vamos Fugir” e “Vem Meu Amor”, são conhecidas por sua profundidade lírica e por capturar as nuances da vida cotidiana e da cultura brasileira.

Além de sua carreira literária e musical, Jorge Portugal foi uma figura central na educação brasileira. Como professor de Língua Portuguesa, ele não apenas ensinou gerações de estudantes, mas também defendeu ardorosamente a importância da educação como ferramenta de transformação social e cultural. Sua atuação como Secretário de Cultura do Estado da Bahia entre 2015 e 2017 foi marcada por iniciativas que visavam promover a literatura, a arte e a cultura popular como pilares essenciais do desenvolvimento social e humano.

A obra de Jorge Portugal é um testemunho de sua dedicação em dar voz aos marginalizados e em promover uma reflexão crítica sobre as questões sociais e políticas do Brasil contemporâneo. Sua poesia sensível e engajada ecoa como um chamado à ação e como um convite à valorização das riquezas culturais e humanas do povo brasileiro.

Ao falecer em agosto de 2020, Jorge Portugal deixou um legado profundo e duradouro. Sua obra continua a inspirar escritores, músicos, educadores e todos aqueles que buscam entender e transformar a realidade brasileira através da arte e da cultura. Sua contribuição para a literatura brasileira e para a valorização da cultura popular baiana permanece como um farol de luz e inspiração para as futuras gerações.